Iniciativas
O Grupo de Estudos e Pesquisas em Tecnologias e Educação a Distância (GEaD), vinculado à Universidade Federal de Goiás (UFG), estabeleceu-se como um núcleo na análise crítica e desenvolvimento de pesquisas sobre a Educação a Distância (EaD) no Brasil. Liderado pela professora Daniela da Costa Britto Pereira Lima, o grupo, criado em 2014, articula ensino, pesquisa e extensão para aprofundar o conhecimento sobre políticas públicas, regulação, qualidade e inovações na área.
Entre suas principais frentes de atuação, destacam-se quatro grandes iniciativas:
- Seminário Internacional de Educação a Distância
O que começou como um evento anual e depois se tornou bianual, o Seminário de Educação a Distância evoluiu para um evento de alcance internacional a partir de sua quinta edição em 2024. A iniciativa funciona como uma plataforma para o debate e a disseminação dos resultados das pesquisas desenvolvidas pelo GEaD e por suas redes de colaboração.
O seminário é organizado de forma itinerante, em coparticipação com instituições que integram a rede de pesquisa do grupo, como a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e, mais recentemente, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
- Para mais informações sobre a edição mais recente, acesse: V Seminário Internacional de Educação a Distância
- Rede de Pesquisa Internacional
A atuação em rede é um pilar fundamental do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação a Distância (GEaD). A iniciativa teve seu início com a Rede de Pesquisa EaD Centro-Oeste, ativa entre 2015 e 2021, que visava fortalecer os estudos e a produção de conhecimento na área de Educação a Distância (EaD) especificamente na região Centro-Oeste do Brasil.
A partir de 2021, em uma colaboração estratégica com a Associação Universidade em Rede (Unirede), a atuação do GEaD foi ampliada, dando origem à Rede de Pesquisa: Qualidade e Regulamentação no Contexto da Educação Aberta, Flexível ou a Distância. Brasil - Internacional. Essa expansão permitiu que o GEaD abrangisse uma perspectiva mais ampla, incluindo estudos em nível nacional e internacional.
Para fortalecer ainda mais suas iniciativas e pesquisas, a partir de 2025, a Rede de Pesquisa do GEaD passou a contar com o importante apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), o que representa um reconhecimento da relevância e do impacto de seus estudos no cenário da educação.
- Observatório de Educação a Distância (EaD)
Como um dos objetivos específicos do atual projeto da Rede de Pesquisa, está a criação de um Observatório de Educação a Distância (EaD). A proposta é que o observatório funcione como "um centro de referência para a produção de conhecimento, monitoramento de qualidade e promoção de boas práticas em EaD no Brasil".
O planejamento para 2025 já inclui a realização de pesquisas exploratórias sobre observatórios existentes e o desenvolvimento do site para a plataforma. Além disso, planeja-se a criação de um quiz para avaliar e disseminar o conhecimento sobre a EaD entre os visitantes do futuro observatório.
- Pesquisa sobre Inteligência Artificial na Educação
A investigação sobre Inteligência Artificial (IA) representa a fronteira mais recente dos estudos do GEaD, consolidando a evolução de suas temáticas de pesquisa. O grupo lançou um novo projeto de pesquisa intitulado "Inteligência Artificial, Educação Superior e EAD: Políticas, Inclusão, Pesquisa Científica, Cidadania e Ética", previsto para o período de maio de 2025 a maio de 2029.
Este projeto adota uma perspectiva crítica para investigar como a IA está reconfigurando a educação superior e a formulação de políticas públicas, com foco em metodologia, ética e inclusão digital. Os objetivos específicos incluem:
- Analisar a percepção de atores políticos sobre a relação entre IA, educação e e-Cidadania.
- Examinar o uso da IA na avaliação da qualidade da EaD sob uma ótica socialmente referenciada.
- Analisar o impacto do "capitalismo de vigilância" das grandes empresas de tecnologia (big techs) no contexto da soberania digital e da democracia na educação.